A Morte e a Ressurreição do Coronel Siqueira.

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Era uma vez, no longínquo ano de 2019, um sujeito, “meio intelectual, meio de esquerda” que não se conformava com duas coisas : A primeira delas era a eleição de Jair Messias Bolsonaro, a segunda era o fã-clube do dito presidente.

O nível de boçalidade e as barbaridades que essas pessoas defendiam eram fora do comum. Chegavam às raias do surreal. Nosso amigo então, teve uma idéia : Fazer um perfil “satírico” de direita, no qual defenderia barbaridades ainda maiores, utilizando-se do recurso narrativo da hipérbole. Seria uma crítica “bem humorada” aos absurdos defendidos pelos militantes do bolsonarismo.

O primeiro nome da conta, “Direita Siqueira“, não deu muito certo. Mas, dado o tesão do machinho bolsonarista imberbe por fardas, símbolos militares, e coisas do tipo, a conta foi rebatizada para “Coronel Siqueira” e aí viralizou completamente!

Nosso amigo ria com os bolsonaristas concordando, dando likes, e compartilhando as estultices defendidas em seu perfil falso. Claro! Qualquer um com um mínimo de bom senso, e um pouquinho de senso de humor, veria na hora que a conta era uma sátira, certo? Certo?!

Senhoras e senhores, apresentamos a militância de esquerda : Um povo sem o mínimo bom senso, quanto mais senso de humor.

À medida que a conta viralizava, a militância de esquerda se revoltava e, no fim, como devidamente pregam os métodos stalinistas, foram atrás do sujeito por trás do perfil. Assim, ele foi obrigado a fazer uma coisa que um humorista nunca deve fazer. Foi obrigado a explicar a piada.

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Assim, o sujeito que deveria ser um personagem de direita, um personagem para ser compartilhado, incensado, viralizado pelos Bolsomínions, ganhou uma coluna na Carta Capital, no melhor estilo “Eu estou do lado de vocês por favor não me cancelem.”

Mas o pior veio esses dias. Segundo notícia do Diário do Centro do Mundo (DCM). O responsável pelo perfil era um jornalista chamado Sérgio Liotte, que haveria morrido. Só havia um pequeno, quase insignificante detalhe. O perfil continuava postando.

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A explicação do DCM : Além do jornalista, o perfil era tocado por uma equipe, que teria continuado os trabalhos. Explicação simples, só que não.

Porque o verdadeiro dono do perfil entrou em contato com o DCM para avisar que…

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Claro, o jornalista do DCM negou tudo, disse que havia checado os fatos, e ainda exigiu O CPF do verdadeiro dono do perfil.

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No fim, a Carta Capital teve que publicar um texto, com direito a entrevista com o autor do “Coronel Siqueira”, e o DCM continua jurando de pés juntos que o verdadeiro autor foi pra terra dos pés juntos.

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O que você acha? O autor está vivo? Morto? Morto-vivo? Será que, assim como Lula, Coronel Siqueira não era uma pessoa, e sim uma idéia? E a tal da “equipe”, onde se enfiou?!

Da minha parte, estou achando muito engraçado (se não fosse trágico), ver que a piada está sendo paulatinamente destruída, não pelo Bolsonaro, não pelo ministro “terrivelmente evangélico”, não por uma noticia-crime do Secretário de Fomento à Cultura, mas pelo “fogo amigo” de um bando de militantes que não entendem nada, nem de humor, nem de militância.

Mas em outubro…

Fonte : Carta Capital

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