O drama dos brasileiros que foram escorraçados de um partido xenófobo, e estão com a cara do Pikachu surpreso.

Todos os povos e nações da face da terra possuem, nem que seja um tiquinho, de orgulho nacional. Toda nação procura, no âmago da sua história, algo que a faça grande perante as outras : Seja ter resistido ao império romano, ser pentacampeã de futebol, até ter as prostitutas mais limpas da região (sem falar no excelente potássio).

A xenofobia ocorre quando esse orgulho nacional é exacerbado, de forma que o seu povo passa a ser o “escolhido”, o “ungido”, enquanto que todos os demais povos e etnias são vistos como “indesejáveis”. Assim, a xenofobia prega o isolamento do país, ou a eliminação dos “indesejáveis” do seio de sua sociedade, de forma que sem eles, o país virará um paraíso em que irão sobrar empregos, mulheres, salários altos, mulheres, benefícios sociais, e mulheres.

Não é difícil entender o porquê de tal ideologia exercer poder de atração sobre um bando de inúteis fracassados que nunca irão conseguir nada na vida. Porém, é um pouco mais complicado entender a atração que a ideologia exerce sobre um bando de inúteis fracassados que nunca irão conseguir nada na vida e que ainda por cima, são enquadrados dentro do critério de “indesejáveis” dentro da xenofobia.

Tal é o caso de um grupo de brasileiros conservadores (sigo sem saber o que essa galera tanto conserva) e fãs do Biroliro, que emigraram do Brasil, e ao chegarem em Portugal, já “chegaram chegando”, e se filiaram ao “Chega”, o partido de extrema-direita português, que prega Portugal sem comunismo, sem ideologia de gênero, sem kit-gay, sem Bolsa-famíla, e sem…estrangeiros.

Nossos amiguinhos provavelmente não devem ter lido essa parte do programa de governo (Se é que brasileiro se interessa em ler alguma coisa) e agora, o “Chega” está dando-lhes, um belo de um “Chega pra lá”, aos moldes da história apócrifa do bando de Skinheads brasileiros que foram oferecer seus préstimos aos neonazistas alemães, e tiveram que ouvir “Nós non prrecisarr de uma bando de latinas fedorrentas! Ir pra inferno cucarrachas de uma figa!” (Não lembro se foram exatamente essas as palavras).

Claro, como partidos são partidos, e imbecis, assim como papel higiênico, foram feitos para serem usados, a rejeição do “Chega” só ocorreu depois das eleições em que conseguiram chegar a 12 cadeiras do parlamento português.

Agora nossos amigos conservadores estão melindrados com a falta de consideração do partido, avisando que “magoou”, que essa atitude não é “Gratiluz“, e que “Todos somos iguais perante Hitler”. Uma das rejeitadas pelo partido está até postando uns desenhinhos fofos. Não é bonitinho?

Fonte : Globo (No Outline, porque Paywall de orifício retrofuricular é orgão sexual masculino intumescido)

2 thoughts on “O drama dos brasileiros que foram escorraçados de um partido xenófobo, e estão com a cara do Pikachu surpreso.

  1. E “Chega” vocês aí de rir depois de ler essa história.

    Ok, “Chega” nada. Pode rir. Pode rir mesmo, já que câncervador tem mais. Mas muito mais.

    Liked by 1 person

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