O drama dos soldados russos que queriam fazer amor no meio da guerra.

Se você não tiver acabado de acordar de um coma, já sabe das tensões que vem acontecendo ultimamente entre a Rússia e a Ucrânia.

O que havia começado como movimentos separatistas na região de Donesk e Luhansk, que receberam o apoio russo, escalou para o Putin fazendo um discurso em que diz, com todas as letras, que a União Soviética nunca deveria ter acabado, e que a Ucrânia não tem direito de existir.

E piora. Minutos após o discurso, a Rússia inicia a invasão da Ucrânia com o envio, por Pútin das “tropas de paz” (As definições de “cara de pau” foram atualizadas). O mapa interativo da Ucrânia está assim, no momento que escrevo esse texto :

Mapa interativo : O local cheio de bolinhas é a capital, Kiev

No presente momento, a população toda do país está armada até os dentes e enfrentando os russos de todas as formas. Ao que tudo indica, mesmo que a Rússia vença, será uma vitória difícil. Ao que tudo indica também, Pútin está insano, pois acaba de ameaçar a Finlândia e a Suécia.

Enquanto isso, aqui no Brasil, a militância esquerdista, entupida até o intestino grosso de propaganda comunista, assumiu o lado do Pútin. Entre outras aberrações, temos nota do PT apoiando o ataque (apagaram, como bons covardes que são). Texto da Folha dizendo que a Ucrânia está se fazendo de vítima” (Diz leitora, como bons covardes que são). E canalhas diversos dizendo que a Rússia está “desnazificando” a Ucrânia. Com o detalhe de que o presidente é judeu (Sei lá, né?! Deve ter usado fantasia de índio no carnaval).

Enquanto isso, no outro lado do chiqueiro político-partidário. Bolsonaro estava todo bonachão, pensando (por intermédio do seu cercadinho de puxa-sacos) que a Rússia não ia invadir, e que ele era o responsável pela “Paz Mundial”. Até que aquela coisa inconveniente chamada “realidade” bateu na porta. Ele e seu gado estão assim agora :

Além dos militontosmilitantes políticos brasileiros, a guerra também está causando reações incomuns em outra parcela dos envolvidos : Os soldados russos. Vários desses soldados estão num nível tão grande de carência sexual e afetiva, que para eles, a coisa já não está mais nem russa. Está soviética.

Esses soldados veem na invasão da Ucrânia a oportunidade de invadirencontrar um amorzinho para chamar de seu, e estão resolutos de que, “sem cobertor de orelha, pra casa não vão voltar”. E para atender seus desejos, estão usando aquela ferramenta capitalista que visa lucros : O Tínder.

Ucrânianas relatam perfis de soldados russos pipocando diuturnamente em suas timelines : Um pedindo peitos, outro pedindo sua mão, outro todo amor que ela tiver… E relatam que a situação dos ditos perfis só pode ser definida em uma palavra : Desespero.

Vários dos soldados Tinderianos aparecem com roupas coladíssimas, ou fardas apertadas para enfatizarem o seu fisicozão, enquanto que outros, não tão bem desenvolvidos, apelam para as fotos portando armas de alto calibre, e até ao lado bombas e mísseis, o que poderia ser interpretado por pessoas maldosas e sem empatia, como uma tentativa de compensar “certas partes do corpo” que podem não ter um “calibre” lá tão alto assim.

As Ucrânianas estão (compreensivelmente) com nojo, e rejeitando os perfis. Porém algumas estão dando match e esperanças para os camaradas. Por que? Simples!

Em guerra, ganha quem erra menos. E poucos seres vivos são tão propensos a erros catastróficos quanto a criatura “homem atrás de mulher na internet“. Os soldadinhos, a fim de contar vantagem pras moças, estão entregando de mão beijada dados de armamentos, localização, quantitativo dos batalhões. Um prato cheio que deve (e será) usado pelos guerrilheiros ucrânianos para (tomara) garantir que a União Soviética 2.0 acabe antes mesmo de começar.

Como eu não tenho “lugar de fala” nessas questões femininas, pedi uma consultoria de uma amiga blogueira, dona de bar, e sommelier de homens ruins do Tínder. Segundo ela, “o coração das moças está no lugar certo”, mas os métodos precisam ser mais diretos. Ela concordou em equipar melhor as meninas para a missão. Está indo para a Rússia com um carregamento de tesourões de poda.

Fonte : New York Post

Quando Hitler originou algo que nós adoramos.

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É comum, quando se estuda História, que diversos assuntos complexos recebam uma grossa camada de simplificação, a fim de facilitar o entendimento das linhas gerais por parte dos alunos.

A desvantagem dessa simplificação, é que diversos conflitos multifacetados ficam com cara de lutas maniqueistas, onde o “bem” ou o “mal” vence, e reagimos a decisões e processos históricos complexos como se víssemos imbecis tomando decisões idiotas, e exclamamos, “Meu Deus! Como esses abilolados podem ter feito tamanha estultice?!”

Por exemplo, muitos de nós aprendemos que, após tomar o poder em uma Alemanha arrasada pela crise de 29, o Nazismo recuperou a economia do país, transformando-o em um paradígma de eficiência e racionalidade. Apesar disso, o ódio dos alemães pelos judeus, levou o país ao holocausto, cujas atrocidades deixaram o povo americano horrorizado, a ponto de unir o país. A população, que até então via com reservas os gastos estatais, passou a aceitar os suntuosos gastos de guerra. Enquanto os Estados Unidos combatiam a Alemanha no front ocidental, a União Soviética segurava sozinha o front oriental, tendo sido os verdadeiros heróis na luta contra o Nazismo. Por sua vez, o Nazismo, era de direita, ou de esquerda (dependendo do blog político pelo qual o seu professor se informe),e Hitler foi um tremendo filho da puta sádico e sem perdão.

Na realidade, toda essa história bonita é bem mais complexa e cheia de nuances : A eficiência germânica foi uma farsa, muitos alemães discordaram das ideias nazistas de eugenia, nos EUA houve uma considerável oposição a enfrentar Hitler, a União Soviética teve pesada ajuda financeira dos EUA para encarar Hitler, e o Nazismo era bem mais complexo do que as definições de Esquerda e Direita.

Quanto à disposição da população para financiar a guerra, o buraco também era beeeem mais embaixo…

Apesar de guerras impulsionarem a economia, a triste verdade é que o esforço de guerra sai muito caro para todos os países envolvidos.

A forma de um país financiar uma guerra, é a mesma forma que um país financia tudo : através de impostos. Lá pelos idos de 1939, a alíquota marginal máxima de imposto de renda, para uma família com renda de US$ 5000,00, era de 8%. O esforço de guerra fez com que essa alíquota subisse para 22% em 1943.

Piora. Naquela época, os americanos recebiam o salário isento de impostos, que só eram recolhidos anualmente.

Se você conhece os hábitos financeiros do brasileiro, sabe o quanto nos preparamos para os compromissos financeiros que surgem.

Pois bem, meu amigo, saiba que os Estados Unidos são o Brasil que deu certo, e que, de acordo com o Gallup, em 1942, 85% dos americanos não tinha dinheiro sobrando para saldar a dívida com o imposto de renda (provavelmente muitos desses 85% não tinham nem faltando).

A coisa ficou tão periclitante, que as ruas das cidades foram cobertas com esses panfletos :

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Você é um dos 50.000.000 americanos que devem preencher o informe de rendimentos até 15 de março. PREENCHA AGORA! Evite filas. Descubra o quanto você tem a pagar ou a receber…hoje.

Até mesmo o Pato Donald entrou na jogada, apelando às pessoas que pagassem suas contas.

Nada disso surtiu o efeito necessário. Dívidas com a Receita se multiplicaram e, de acordo com o historiador James Sparrow, caso a lei fosse seguida ao pé da letra, 5 milhões de pessoas teriam que ser presas em 1943 por sonegação de impostos.

A solução veio através de Beardsley Ruml, o tesoureiro da Macy’s e membro do conselho do Federal Reserve Bank de Nova York, a proposta dele foi tão genial, que é utilizada até hoje.

A proposta de Ruml foi a realização do pagamento através de planos de parcelamento, que posteriormente se transformaram no sistema de recolhimento de imposto na fonte.

Por envolver grandezas quantificáveis, muitos de nós estamos acostumados a pensar no dinheiro em termos matemáticos, quando na verdade, o fator psicológico tem uma influência muito maior. A propensão do contribuinte a pagar impostos na fonte era muito maior, do que no recolhimento anual, o que favorecia a arrecadação do governo para o esforço de guerra.

O trabalhador não sentiu muito a diferença, pois o aumento da demanda, e a inflação dos anos de guerra pressionaram os salários para cima, e o pagamento líquido (ou seja, o que o trabalhador efetivamente levava para casa) mantinha-se inalterado, ou até aumentava em relação ao período do recolhimento anual.

Essa forma de recolhimento de imposto gerou outro fenômeno interessante. Ao invés de uma cobrança anual de imposto, passou a haver o Annual Tax Return, ou, como se conhece aqui no Brasil, a Restituição do Imposto de Renda. Em que o governo, ao invés de cobrar, lhe dá dinheiro (tecnicamente, apenas devolve o que você pagou a mais, mas o fator psicológico é o que conta) e você fica muito feliz com isso.

Enganação do governo?! Manipulação dos poderosos?! Imposto é roubo?!

Eu não me importo muito com isso, acho que consequências são mais importantes, e, no caso descrito, a consequência foi derrotar Hitler.

Afinal, essa parte seu professor de História ensinou corretamente, Hitler realmente era um tremendo filho da puta sádico e sem perdão.

Fonte :

Drip, Drip, Drip – Collaborative Fund