
Eu gosto, vocês gostam, todo mundo gosta de gente bonita. Por mais que você tente dizer que não, que isso é coisa de gente superficial, eu lhe digo : Os superficiais estão vencendo, por muito!
Vamos comparar Elis Regina, uma tremenda de uma cantora, com a Anitta, que apesar de ser famosa, é duvidoso que a fama se dê pela harmonia do seu “dó maior”.

Os vídeos mais visualizados da Elis Regina não têm sequer um décimo do total de visualizações da Anitta (embora não dê pra saber quantas dessas visualizações foram realizadas com o botão de mudo ligado). Beleza vende! Beleza importa! Por mais que você ame o seu gordinho, por mais que você diga que o seu careca vale ouro, por mais que você jure que nunca se separaria da sua nerdinha, se aparecer um bonitão, uma bonitona, você vai virar a cabeça para olhar.

E isso não é nem culpa sua, ou melhor, é, mas não num nível consciente, nem num nível “culpa das revistas e de Hollywood”, que querem lhe fazer acreditar.
Em tempos muito, muito antigos, quando o ser humano ainda era um macaco pelado recém descido das árvores para ser um caçador-coletor, os recursos eram limitados, os predadores eram abundantes, e a natureza era inclemente. Era mais ou menos como (insira a piadinha com o governo do Bolsonaro).
Nesses tempos, a melhor estratégia da gente conseguir sobreviver, era fazendo mais gente, e garantindo que a gente da gente fosse capaz de fazer mais gente ainda.
Garantia não existe, merda acontece, e nada impedia que você, caçador coletor de boa linhagem, cruzando com uma caçadora coletora de boa linhagem, tivessem um filho com genes de vegetariano e jogador de LoL. Mas dava para colocar as probabilidades a nosso favor através da…aparência.
Simetria bilateral, ausência de marcas no rosto, características faciais perfeitas, proporção cintura-quadril, vários desses elementos eram indicativos de uma prole saudável e viável para as próximas gerações.
Claro, por ser a pessoa que carrega a prole, e portanto, sujeita ao maior risco em caso de “fracasso”, as mulheres, além de preferências físicas, revelam ter desenvolvido evolutivamente, um conjunto complexo de preferências por características “sociais”. Portanto, é mais difícil ver uma mulher “babando” por um bonitão, do que o contrário, se bem que esqueceram de avisar essa moça aqui :
Inteligência? Sinto muito amigos, evolutivamente, nunca foi muito importante. Se as características físicas foram proeminentes durante todo o período selvagem. Durante os primórdios do desenvolvimento da civilização, a capacidade de se organizar em grupos contou mais do que a inteligência pura e simples para sobreviver. Tanto é que nós não somos o macaco mais afiado da gaveta. Esse título pertenceu ao Neanderthal, hoje extinto. Até hoje os melhores cérebros só são valorizados em países com muita abundância de recursos, vide a Suzana Herculano-Houzel, uma super pesquisadora que recebeu apenas 6 mil reais de verba, para manter a pesquisa, para o ano todo.
Por tudo isso que foi exposto, é triste, decepcionante, quando a militância começa a fazer aqueles discursinhos bunda mole sobre “objetificação”, “hipersexualização”, “aceitação do corpo gordo/magro/ sujo/feio. Porque você sabe que esses discursos são metade inveja e ranço de gente bonita, metade moralismo, e metade (tô com preguiça de conferir o número de metades) hipocrisia. E vou provar a vocês através de um clip da Preta Gil (peço desculpas antecipadamente).
Muito bonito, né? Discurso de aceitação. “Não quero me encaixar em nenhum padrão…” A propósito, esses são os rapazes com quem a Preta Gil contracena.

Repare que nenhum deles é gordo, nem careca, são todos bonitos. O militante vomita um discurso muito lindo de aceitação, mas quando chega a hora do militante pegar alguém. Aí não tem problema usar o tal do padrão.
Se você ainda não acredita que “beleza vende”, vamos analisar um caso que ficou famoso na indústria da moda.
Lá pela segunda metade dos anos 90, a grife Abercrombie & Fitch era uma marca famosa apenas nos Estados Unidos, mas não tinha uma relevância mundial muito acentuada. Mas um executivo queria mudar isso, seu nome era Mike Jeffries, um homossexual assumido, que assumiu a presidência da empresa em 1996.
Jeffries foi responsável por levar a cabo um rebranding da marca, cujo carro chefe pode ser resumido na seguinte foto :

Os modelos responsáveis pela divulgação da marca passaram a divulgar as roupas sem camisa, os locais promocionais das lojas de roupas, lotados de homens sem camisa, as meninas jovens loucas pra tirar foto com os saradões sem camisa, e até mesmo os vendedores das lojas foram demitidos para serem substituídos por homens sem camisa.
Os resultados desse devaneio superficial de objetificação dos corpos? O faturamento da empresa cresceu de 335 milhões em 1997 para quase 4,2 bilhões em 2012.
Em 2012, Mike Jeffries provocou a revolta das pessoas ao dizer o que todas elas pensam, mas a moral superior as impede de dizer em voz alta na frente de todo mundo.
“Muita gente não cabe em nossas roupas e não é para caber. Se somos exclusivistas? Totalmente.”
“Quero apenas gente magra e bonita”
Mike Jeffries
Mais detalhes podem ser conferidos nessa reportagem aqui :
https://istoe.com.br/299394_A+GRIFE+QUE+NAO+GOSTA+DE+GORDOS+E+FEIOS/
Realmente, a Abercrombie não gosta de gordos e feios. Igualzinho ao restante da população.
One thought on “Quando a indústria da moda usou a objetificação para atingir lucros pornográficos.”